Celibato Religioso

Sobre o Celibato...
De acordo com a Encyclopædia Britannica, celibato é “o estado de uma pessoa que não se casa e que não tem relações sexuais, geralmente por ser um ministro religioso ou um devoto”
Mas na verdade o celibato não era um costume dos cristãos do primeiro século, do tempo dos apóstolos.
No segundo século, alguns começaram a praticar o celibato. De acordo com o livro O Celibato e as Tradições Religiosas, isso ocorreu por influência de uma onda de abstinência sexual que surgiu no Império Romano.
Nos séculos seguintes, o celibato de ministros religiosos passou a ser defendido em concílios, ou reuniões, da Igreja. Além disso, para os chamados “Pais da Igreja”, as relações sexuais tornavam impuros os ministros religiosos e não combinavam com suas responsabilidades. Mesmo assim, a Encyclopædia Britannica diz que até o décimo século, muitos padres e também alguns bispos eram casados.
O celibato de ministros religiosos virou regra depois dos Concílios de Latrão, realizados em Roma nos anos 1123 e 1139. Antes, padres casados faziam testamentos passando propriedades da Igreja para seus filhos. Com o celibato, a Igreja evitaria a perda de poder e de riquezas. Até hoje a Igreja Católica Romana defende o celibato.
O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O CELIBATO
A Palavra de Deus, a Bíblia, deixa bem claro o que ele pensa sobre o celibato. No primeiro século, vários ministros cristãos eram casados, inclusive o apóstolo Pedro. (Mt. 8,14; Mc. 1,29-31; 1Cor. 9,5) E Paulo, levando em conta o ambiente imoral que havia em Roma, escreveu que o superintendente casado devia ser “marido de uma só esposa”— 1Tim. 3,2-4
Esses casamentos não eram celibatários, ou seja, sem relações sexuais. Sobre intimidades sexuais, a Bíblia diz claramente: “O marido dê à esposa o que lhe é devido.” Ela também diz que os casais não devem ‘privar um ao outro do que é devido’. (1Cor. 7,3-5) Assim, fica claro que Deus não exige que ministros religiosos fiquem sem se casar.
Em 1Cor. 7, Paulo reconhece que há certas vantagens em ser solteiro no ministério. (...) Assim há vantagens em ser solteiro no ministério, e a condição de solteiro não deveria ser menosprezada.
O celibato de padres na Igreja Romana não é considerado um dogma, mas sim uma disciplina. Isso significa que não é uma verdade revelada pela fé, uma vez que por diversos séculos Padres e Bispos puderam se casar e ter filhos.
O Papa Francisco já levantou publicamente a discussão sobre a possibilidade de mudar a disciplina do celibato eclesiástico. Sugeriu que poderia vir à pauta da Igreja o debate sobre a ordenação de Viri probati — ou seja, os homens de fé comprovada — que já fossem casados.
Se a Igreja Romana continuar impondo a proibição do casamento dos seus líderes religiosos, os escândalos continuaram se repetindo sucessivamente.
Ficar solteiro ou se casar é uma decisão pessoal. Não importa se a pessoa é casada ou solteira, se ela der seu melhor pra Deus, ela vai ser feliz.

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